Aqui estou eu novamente... Como vocês estão?... Sobre o capítulo quero que saibam que eu amei escrever ele, espero que vocês gostem!
Luan
Narrando
Encarei
firme seus olhos e logo desviei o olhar.
-
É somos só nós dois. – Sorriu. – Não sei por que, mas eu tenho a impressão de
que elas não foram só ao banheiro. – Disse irônica e começamos a rir, sua
risada era contagiante ela exalava alegria, meu coração ficava cheio quando
isso acontecia.
-
Vem, vamos pagar a conta! – chamei após um silêncio se instalar ali. Peguei em
sua mão assim que estávamos de pé, apanhei as comandas em cima da mesa e fomos
caminhando lado a lado.
Senti
que ela ficou um pouco tensa com minha atitude, mas foi mais forte que eu.
Paguei a conta mesmo com ela pedindo para pagar a parte dela. Saímos da
sorveteria, dessa vez apenas lado a lado sem grudar as mãos.
-
Queria te convidar para dar uma volta, claro se você quiser se não eu posso te
levar em casa. – Falei assim que nossos olhos se encontraram.
-
Tudo bem! Vamos dar uma volta. – Falou sorrindo.
Segurei
sua mão novamente e fomos caminhando até o carro, queria levá-la para um
parque, natureza, ar puro e uma boa conversa.
Abri
a porta do carro para ela que timidamente adentrou o mesmo, dei a volta e me
coloquei no lugar do motorista, liguei o carro e segui o caminho até o parque.
São Paulo a essa hora estava movimentada, bares e restaurantes lotados, ela se
encolheu no banco, eu a observada pelo canto dos olhos, tinha a cabeça virada
na direção do vidro e olhava o movimento. Em determinado momento nossos olhos
se encontraram, sorrimos um para o outro.
-
Se você quiser eu ainda posso te levar em casa. – Falei e aguardei sua
resposta.
-
Tô começando a achar que você se arrependeu de me chamar para essa voltinha
cantor! – Falou com um sorriso travesso nos lábios me encarando logo em
seguida.
-
Nunca me arrependeria disso. – Falei com convicção, pegando sua mão e
depositando um beijo ali, ela sorriu e recolheu a mão.
Em
menos de dois minutos chegamos ao nosso destino, estacionei o carro e a
encarei.
-
Vamos?
-
Claro!
Saímos
do carro e segurei em sua mão e dessa vez senti que ela estava mais segura.
Caminhamos pelo parque até um local bem iluminado e sentamos em um banco que
havia ali. Me surpreendi com sua atitude ao deitar sua cabeça em meu peito,
sorri e comecei um cafuné em seus cabelos de fios loiros.
-
Como você está se sentindo? – Perguntei.
-
Bem, decidi seguir minha vida. – Falou calma.
-
Seguir como?
-
Não quero mais me importar com o que as pessoas vão pensar das atitudes que eu
tomar daqui para frente, vou me importar menos com a opinião dos meus pais,
quero mais liberdade. – Suspirou.
-
Concordo com você, vou estar sempre aqui do seu lado. – Depositei um beijo em
sua cabeça.
-
Obrigada!
-
Eu fiquei preocupado com você, fiquei com medo das consequências dos atos. –
Ela levantou seu corpo e se endireitou no banco me encarando sorrindo.
-
Aquilo foi uma loucura, eu estava fora de mim, mas fiquei feliz com a sua
preocupação, com a sua visita e principalmente com a música que você cantou
para mim naquele hospital.
-
Você não sabe o tamanho da minha felicidade. – Sorri.
-
Eu posso imaginar. – Ela sorriu me encarando com um olhar forte e acariciando
meu rosto com sua mão delicada. – Você me faz bem Luan!
Suas
palavras foram como música para meus ouvidos, naquele momento parecia que nada
mais existia ali ao nosso redor, um sorriso grande formou-se nos meus lábios,
coloquei uma de minhas mãos em cima da dela e sustentei seus olhos por um curto
tempo, nesse instante sua boca rosada parecia mais hipnotizante do que seu par
de olhos claros.
Me
aproximei com calma, seus olhos fecharam ao sentir minha respiração tão próxima
de seu rosto, levei minha outra mão para trás de sua cabeça e enrosquei meus
dedos nos fios do seu cabelo, rocei levemente nossos lábios, sua boca agora
estava entreaberta ansiava pelo que viria, afim de acabar com a nossa tortura,
tomei seus lábios em um beijo extremante calmo,
sem pressa, apenas para sentir o gosto um do outro. Cada toque de nossas
línguas era como descargas elétricas pelo meu corpo, a sua mão que acariciava
minha nuca deixava o momento ainda mais gostoso.
Sua
respiração foi falhando e a intensidade do beijo diminuindo, ao fim dele
mantive meus olhos fechados assim como os seus e nossas testas coladas, ainda
depositei alguns selinho sobre sua boca antes de dizer
-
Você também me faz bem Vitória! - Um
sorriso brincou em seus lábios o que me deixou mais que satisfeito.
Ela
desencostou nossas testas me encarando com o mais doce dos olhares, sorrindo
ela levantou-se do banco e estendeu sua mão para que eu pegasse.
-
Vem, vamos andar um pouco. – Segurei sua mão apenas para levantar porque ao fim
do primeiro passo meu braço já envolvia sua cintura assim como ela envolvia a
minha. Puxei seu queixo em minha direção e lhe dei outro beijo casto, seguimos
em silencio por um bom tempo.
-
Qual será o seu primeiro passo para comandar sua vida por completo? – Perguntei
interessado.
-
Tenho planos de comprar meu apartamento, sair da casa dos meus pais.
-
Já começou a ver?
-
Não, comecei a pensar nisso por esses dias, quero que meu irmão me ajude, quero
que só ele lá de casa saiba, assim que encontrar o que eu procuro comunico o restante.
-
Acho que vai te fazer bem ter seu próprio cantinho.
-
Com certeza, é o que eu mais quero.
-
E o consultório?
-
Vou voltar segunda, tô muito animada, não vejo a hora de ver meus pequenos
novamente. – Ela sorriu com gosto, realmente sua profissão era o que mais lhe fazia
feliz.
-
Imagino você é uma grande profissional. – Encarei seus olhos.
-
Agora vamos parar de falar sobre mim, vamos falar de você. – Ela parou de andar
e apontou em direção ao meu peito com as duas mãos, segurei seus braços e os
coloquei em volta do meu pescoço abraçando sua cintura logo em seguida.
-
Não tem o que falar de mim. – Sorri e ela me olhou desconfiada.
-
Quando volta para os shows?
-
Na terça pego a estrada de novo, falando em show, no próximo sábado tenho um
show aqui em São Paulo queria muito que você fosse, você seus amigos e seu
irmão, a Bruna e meus pais também vão.
-
Será um prazer prestigiar seu belo trabalho moreno. – Ela falou divertida.
-
Conto com a sua presença loira. – Sorri.
-
Eu estarei lá. – Piscou os olhos, esbocei outro sorriso e de surpresa tomei
novamente seus lábios, dessa vez foi mais intenso e bem mais rápido, mas
igualmente bom ao anterior.
-
Acho que já está ficando tarde. – Ela disso após me abraçar encostar sua cabeça
em meu peito.
-
Eu te levo em casa.
-
Tudo bem!
Fomos
de mãos dadas novamente para o carro, o trajeto até seu condomínio foi
extremamente tranquilo, fomos escutando as mais diversas músicas internacionais
e ela arriscava cantar boa parte delas.
-
Entregue senhorita. – Disse após parar em frente a sua casa.
-
Muito obrigada! – Ela sorriu. – Eu adorei nosso passeio.
-
Eu também, qualquer dia desses, eu te rapto de novo para outro passeio.
-
Eu vou adorar. – Ela se inclinou em minha direção colando seus lábios em minha
bochecha em um beijo carinhoso. – Tchau, até mais.
-
Até mais. – Em seguida ela saltou do carro e correu em direção a porta de sua
casa, destrancou e antes de adentar completamente acenou um “tchau”, devolvi o
gesto saindo com o carro em seguida, com uma sensação leve no peito e uma
felicidade que não cabia em mim.
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