28 de outubro de 2015

CAPÍTULO 19 – DEPOIS DA TEMPESTADE VEM SEMPRE A CALMARIA


Vitor Narrando


- Pai, vamos logo! – Gritei de dentro do carro.

Ver minha irmã naquele estado me dilacerava o coração, nunca imaginei que ela seria capaz de fazer isso com sua própria vida, mas era tanto sofrimento que me deixava desesperado, eu sentia o que ela sentia, estava a todo momento tentando a afastar ou amenizar esse sofrimento.

Meu pai não demorou para entrar no carro, deixando minha mãe gritando na calçada em frente a nossa casa. O carro deslizava pelas ruas daquela grande cidade em alta velocidade, quanto mais andávamos, mais longe parecia estar aquele bendito hospital.

Quando enfim chegamos, a primeira coisa que fiz foi descer do carro com minha irmã no colo, sendo seguido por meu pai. Ao adentramos a emergência do hospital o desespero estava estampado em nossas faces e logo uma equipe emergencista estava ali, na maior correria, só tive tempo de dizer a alguém da equipe, “foi uma tentativa de suicídio com remédios”, e logo adentraram de vez aquele imenso prédio, levando ela.

Não demorou e logo alguém veio nos levar para uma sala privativa. As lágrimas não paravam de sair dos olhos de meu pai, ele estava sentado em uma das poltronas daquela sala, com os cotovelos apoiados nas coxas e as mãos tampando os olhos em uma tentativa em vão de controlar as lágrimas.


Ricardo Narrando


A culpa disse tudo é minha como pai, sofro junto com ela, não consigo me arrepender de nada, até porque a existência dessa criaturinha preciosa não deixou. Só não podia imaginar que esse ato renderia tanto sofrimento a minha pequena.

Eu não aguento mais guardar tanta coisa dentro de mim, a Suzana consegue ser muito mais fria mais calculista e suas palavras ainda não saíram da minha cabeça, eu realmente tenho muito, mais muito medo do desprezo da minha filha, não vou conseguir suportar, talvez a Suzana consiga tirar isso de letra, seu sofrimento de hoje mais cedo não me comoveu, talvez eu tenha sido um pouco cruel ao impedir que ela viesse ao hospital, mas suas condições emocionais não estavam das melhores, e ainda por cima depois da nossa discussão, ficar em um lugar juntos e ainda sobre toda essa pressão não ia dar certo.

- Pai?! – Tirei as mãos do rosto e encarei meu filho que estava sentado ao meu lado em outra poltrona. – Toma essa água. – Estendeu o copo pra mim, assenti pegando o copo de suas mãos.
- Eu vou ligar pra Lice. – Falou me encarando. – Elas são muito amigas.
- Tudo bem eu vou ficar aqui. – Assentiu e saiu da sala com o telefone nas mãos.


Vitor Narrando


Saí da sala onde estávamos pra ligar pra Lice, elas são muito amigas, como irmãs. Disquei seus números, na primeira tentativa chamou até ir para caixa postal, esperei um pouco e tentei novamente, quase no último toque ela atendeu.

Ligação ON

Alice: Vitor?
Vitor: Lice, tudo bem? – Um barulho abafado se encontrava ao fundo da nossa ligação.
Alice: Tudo Vi, eu tô no shopping com a Bruna, eu tentei ligar pra Vi mais ela não atende! Aconteceu alguma coisa? Você tá esquisito. – Suspirei fundo, minha tristeza era perceptível na minha voz.
Vitor: Aconteceu Lice... – Minha voz embargou.
Alice: Vitor é com a Vitória? Cadê ela? – Ela também ficou desesperada.
Vitor: Ela tá no hospital Lice... – Chorei. – Ela tentou se suicidar... – Minha voz saiu mais abafada e  sussurrada, não me importei em controlar as lágrimas.
Alice: Vitor para de mentir pra mim. – Ela estava nervosa.
Vitor: Eu não tô mentindo Alice, não temos nenhuma notícia dela ainda.
Alice: Eu vou pra aí, passa o nome do hospital pra Bruna, a gente já tá indo.
Vitor: Tudo bem. – Passei o nome do hospital pra Bruna e logo encerramos a ligação.

Ligação OFF

Voltei para sala de espera, meu pai continuava com seu olhar vago, seus pensamentos estavam longe, não quis dizer nada, queria deixa-lo com seus pensamentos, suas reflexões, não era hora de falar sobre certos assuntos, mas na minha cabeça, meus pais tinha que dar um jeito de se resolverem e parar de uma vez por todas com essas brigas bestas que só fazem mal pra gente.

Cerca de 10 minutos depois, Alice chegou junto com Bruna ao hospital, já fazia mais de 1 hora que não tínhamos notícias da minha irmã. Meu pai já andava de um lado para o outro dentro daquela sala, a angústia apertava cada vez mais, Bruna consolava Alice em um canto, meu maxilar já doía de tanta tensão, e na hora que eu já ameaçava levantar e ir atrás de notícias dela, o médico que a atendeu entrou na sala.

- Então Doutor como está minha filha? – Perguntou de imediato meu pai. A expressão do médico era calma, não diria tranquila mais sim calma. Alice roía as unhas como nunca e ansiava assim como eu pela resposta.
- Todos podem se acalmar o pior já passou! – Pra mim só essas palavras já bastavam ela estava viva! – Ela teve uma intoxicação grave devido a ingestão em excesso de remédios, quando chegou aqui ainda teve duas paradas cardiorrespiratórias, e não vou mentir nos deu trabalho, mas ela é uma menina forte, guerreira apesar de tudo. – Meu pai chorava de emoção e alivio, era visível em seu olhar.
- E qual é o estado dela agora doutor? – Perguntei.
- Ela esta na UTI em observação, uma equipe médica esta totalmente direcionada para cuidar do caso dela, ainda é delicado, ela pode vim a ter algumas recaídas, por isso a internação direta na UTI, mas o pior já passou realmente, ela está sedada e respirando parcialmente com ajuda de aparelhos, mas o estado dela é estável, acredito que entre amanhã ou depois ela já esteja pronta pra ir pro quarto. – Assentimos aliviados, é parece que o pior já havia passado.
- A gente pode ver ela doutor? – Perguntou Alice.
- Eu aconselho vocês a irem para casa, ela não vai acordar agora, amanhã cedo garanto a visita de vocês. – Alice assentiu concordando.
- Fique calmo seu Ricardo! – Disse o médico colocando a mão nos ombros do meu pai. – Sua filha está bem.
- Obrigado Doutor! – Disse meu pai e o médico se retirou logo em seguida.
- Vamos pai? – Encostei minhas mãos nas suas.
- Queria ver ela! – Disse triste.
- Eu sei pai, mas ela tá bem, amanhã a gente volta.
- Por favor Tio Ricardo vamos. Amanhã a gente volta pra ver ela e tenho certeza que ela vai estar bem melhor. – Ele só se convenceu depois do que Alice disse.

Seguimos ara o estacionamento, Bruna me garantiu que levaria Alice em casa e depois de lá pegaria um táxi para sua casa. Nos despedimos das duas e fomos pra casa, fui guiando o carro de meu pai e agora o caminho parecia mais curto.


Luan Narrando


Tinha acabado de chegar ao hotel, tinha feito um show em uma casa fechada em Goiânia e por decorrência disse o show terminou mais cedo. Liguei para minha mãe como todos os dias, conversamos por bastante tempo, meu pai estava no banho e segundo minha mãe hoje ele seria o chefe de cozinha da casa, dei risada, queria só ver o que sairia.

Quando perguntei da minha irmã, ela disse que a mesma tinha saído com uma miga iriam ao shopping e jantariam por lá mesmo, resolvi que mais tarde ligaria pra ela, me despedi e segui direto para o banho.

Quase 1 hora depois já havia jantado, estava deitado na cama a fim de descansar para seguir viagem amanhã. Com o celular nas mãos resolvi ligar para minha irmã, e nada da bonita atender, tentei mais duas vezes e nada, foi então que em menos de 10 minutos depois a luz do meu celular acendeu, anunciando uma mensagem dela.

Piroca: “Pi, não posso te atender agora, estou no hospital!”


Tomei um susto, dei um pulo na cama, como assim no hospital, será que aconteceu alguma coisa muito grave?












NOTAS:

OI AMORES TUDO BEM??

BOM AÍ ESTÁ O CAPÍTULO DE VOCÊS, ESCRITO COM MUITO AMOR !

O CAPÍTULO ERA PRA TER SAÍDO SEMANA PASSADA, MAS FIQUEI DOENTE SEMANA PASSADA E ESSA SEMANA TAMBÉM, AINDA NÃO ESTOU 100% MAS NÃO VOU DEIXAR VOCÊS ESPERANDO.

BOM, ESPERO QUE GOSTEM E COMENTEM MUITO, E TAMBÉM NÃO SE ESQUEÇAM DE VISITAR O GRUPO DA FANFIC NO FACE, O LINK TÁ NO CAPITULO PASSADO, BEIJINHOS!!! <3


15 de outubro de 2015

CAPÍTULO 18 – A VIDA POR UM FIM!

ATENÇÃO IMPOTANTE;

AMORES DA MINHA VIDA LEIAM AS NOTAS NO FINAL DO CAPÍTULO!!!



Ricardo Narrando


Já não aguentava mais ver minha filha sofrendo desse jeito, podia ver o sofrimento, o desespero e a raiva instalados no seu olhar todas as vezes que Suzana resolvia destilar seu rancor para cima dela.

Por falar nela, depois da cena horrorosa eu ela fez questão de protagonizar  no andar de baixo da nossa casa, subi com ela pro andar de cima, mas especificamente pro nosso quarto, não  me importei com a  forma que reagi com ela, na hora não conseguia pensar em nada se não proteger a Vitória.

Me controlei ao máximo para não perder a cabeça de vez com ela,  minha vontade era fazer ela sentir na raça e na pele todo o sofrimento que ela vinha causando para nossa filha. Quando cheguei ao me limite com aquela discussão toda, saí do quarto me dirigindo para o escritório, a última reação da minha esposa foi arremessar algo de vidro contra a porta, pouco tempo antes que fechasse a mesma. Adentrei aquele enorme escritório e olhei todos os cantos, mais uma vez eu estava ali, aquele ambiente era meu refúgio quando as brigas com a Suzana aconteciam, quantas noites eu dormi ali naquele sofá, ou simplesmente passei a noite acordado me embebedando, tudo numa tentativa de esquecer.

Me joguei de qualquer jeito naquele sofá, com a cabeça rodando, as palavras de Suzana durante a nossa briga ainda rodeavam minha cabeça, Você não tinha o direito de  me tratar daquele jeito lá embaixo, eu sou sua mulher e  exijo respeito.”, “Você vai se arrepender de tudo que fez e eu vou assistir tudo de forma privilegiada.”, “Você Ricardo, está condenado a sentir e passar  pelo pior sofrimento que uma pessoa pode viver, você vai sofrer mais do que eu sofri um dia na minha vida nas suas mãos.”.

Perdi a noção do tempo enquanto pensava na vida, só sabia que já havia escurecido, olhei no relógio e já marcava 20:15 da noite, respirei fundo precisava saber como andava as coisas no lado de fora daquele escritório. Fui descendo as escadas devagar, o silêncio reinava por todos os lados, chegava a ser assustador. Quando passei pelo último degrau da escada, avistei meu filho deitado no sofá, entretido com seu celular.

- Faz tempo que você está aí? -  Perguntei me aproximando e sentando no outro sofá.
- Nossa pai que susto! – Disse se arrumando no sofá. – Faz um tempinho sim, cheguei a cochilar aqui.
- Uhm e sua irmã? – Perguntei encarando o nada a minha frente.
- Tá mal né pai, poxa a mamãe resolveu perder a cabeça de vez?
- não sei! – Disse negando com a cabeça.
- Cadê ela pai?
- Deve estar no quarto, foi lá que eu deixei ela! E sua irmã? – Perguntei agora o encarando.
- Também está no quarto.
- Desde que horas a Vitória está trancada no quarto? – Perguntei com uma pontinha de preocupação começando a apertar meu peito.
- Pouco tempo depois que vocês resolveram parar de “gritar” ela subiu pro quarto dela, disse que precisava ficar um pouco sozinha e...
- Vitor ninguém fica quase 8 horas trancada um quarto, sem comer ou beber nada! – Falei me alterando e sentindo meu peito apertar de vez. – Eu vou ver ela. – Disse subindo as escadas.
A cada degrau que eu subia, parecia que meu coração ficava mais amarrado ainda, uma necessidade absurda de chorar começa a me dominar, quando cheguei em frente a porta de seu quarto, tentei me controlar, e me coloquei a chamar pelo seu nome.
- Vi? – Chamei com a voz um pouco controlada. – Filha abre a porta! – Forcei a maçaneta e como eu imaginava a mesma estava trancada. – Vitória! Filha, por favor, abre a porta! – O desespero voltou a tomar conta de mim. – Vitória! Eu só quero te ver, pelo amor de Deus abre a porta! – Nada, nem um fio de voz da minha pequena, portanto não tive outra alternativa a não ser usar da minha força para conseguir abrir aquela maldita porta.

Quando consegui abrir, adentrei aquele quarto, um misto de várias coisas passou pelo meu coração, aquele quarto parecia sem vida, passei os olhos por todos os cantos daquele ambiente e nada dela.

- Vitória! – alterei um pouco a minha voz. Nada nem um sussurro abafado, nem um sinal da minha pequena, as lágrimas já corriam meu rosto sem ao menos eu perceber quando começou, com a garganta quase trancada, corri para o último ambiente restante, seu closet.

Entrei em um breve estado de choque, não conseguia me mexer, meu coração acelerou e o desespero tomou conta de mim, não, não podia ser ela, não podia ser minha menina, ali assim jogada, em um estado totalmente desesperador.

- Não, não! Vitória! – Me ajoelhei diante de seu corpo, sua volta era tomada por remédios e cheiro daquele perfume se tornou um tormento na minha cabeça, ela não tinha feito isso. – Vitória minha filha pelo amor de Deus! – Eu só queria que ela falasse comigo. – Você não fez isso minha pequena, você não fez! – Precisava tirar ela dali. – VITOOORRR!!! – Gritei pelo meu filho, que em dois tempos estava ali.
- Pai... O que aconteceu pelo amor de Deus, ela não fez isso pai!
- Me ajuda, vamos levar ela para um hospital, desce e abre o carro. – Tomei minha menina nos braços, enquanto Vitor seguia na minha frente, se já não bastasse isso, dei de cara com Suzana entrando no quarto naquele instante e não se controlou quando realmente tomou total conhecimento da situação.
- Não Ricardoo, não. – Falou vindo em minha direção com os olhos tomados pelas lágrimas, lágrimas essas que eu não sabia mais se eram verdadeiras, ela se jogou encima da filha, chorando desesperada.
- Sai da minha frente Suzana, se não é pra ajudar sai da minha frente. – Falei  perdendo a  paciência e trocando os passos em direção ao corredor, empurrando ela da minha frente.
- Eu quero ir com você! – Dizia ela enquanto eu saia pela porta da frente da casa em direção ao carro.
- Mas você não vai! – Falei colocando minha filha no banco de trás e logo em seguida Vitor entrou junto com ela.
- EU QUERO IR COM A MINHA FILHAAA!! – Veio pra cima de mim me estapeando o peito.

- CHEGA SUZANA!! SE CONTROLA. – Falei tirando suas mãos de cima de mim e adentrando o lado do motorista no meu carro, seguindo em direção ao hospital mais próximo. 








NOTAS:

OIE AMORES... EU SEI QUE DEI UMA SUMIDA, ESSA FOI A MAIOR DE TODAS, ME PERDOEM... BOM, O QUE ACONTECEU PARA EU SUMIR EU FOI NADA DIFERENTE, MAS SIM A FACULDADE, COMO SEMPRE!! PORÉM DESSA VEZ NÃO  FORAM APENAS AULAS E TRABALHOS, MAS AS PROVAS E EU NÃO PODIA DEIXAR DE ESTUDAR, PEÇO QUE VOCÊS ME ENTENDAM MAIS UMA VESZ. O CAPÍTULO NÃO FICOU MUITO GRANDE, MAS QUERO POSTAR OUTRO AINDA ESSA SEMANA QUEM SABE AMANHÃ!

TENHO DOIS RECADOS PRA VCS:

1. QUERIA SABER SE VCS QUEREM UM GRUPO NO WHATS? SE SIM, POR FAVOR DEIXEM O NÚMERO DE VCS NOS COMENTÁRIOS. 

2. EU FIZ O GRUPO DA FANFIC NO FACEBOOK, VOU DEIXAR O LINK DO GRUPO É CLICAR E PEDIR PRA ENTRAR, TEREI O MAIOR PRAZER EM ADICIONA-LÁS, O GRUPO TEM COMO OBJETIVO, FACILITAR O CONTATO COM VCS, ENTÃO PODEM FALAR, PERGUNTAR, CRITICAR ENFIM, MANTEREI VCS INFORMADAS LÁ TAMBÉM!


OU TAMBÉM PODEM PROCURAR LÁ NO FACE O NOME DO GRUPO: Fanfic - Desperta em Mim Meu lado Bom.

BOM GALERA É ISSO, CURTAM O CAPÍTULO E COMENTEM, DEPOIS TEM MAIS... AMO VCS <3.

PS: DESCULPE SE TIVER ALGUM ERRO DE PORTUGUÊS!