26 de julho de 2016

CAPÍTULO 25 - Serenidade



Luan Narrando



Cheguei em casa sem mais delongas, no caminho as músicas do rádio me faziam lembrar de sua voz ao cantar parte das mesmas.

Ativei o alarme do carro e em seguida adentrei minha casa pela porta da frente. Tomei um susto ao acender a luz e minha mãe estava sentada no sofá, sorri para ela que sorriu de volta da forma mais doce, sabia exatamente o que se passava na sua cabeça de mãe, estava preocupado comigo, ninguém me conhecia mais do que ela.

- Mãe, ainda acordada. – Fui caminhando até ela.
- Perdi o sono, vim te esperar chegar. – Sorriu. – Vem aqui. – Bateu no espaço livre no sofá ao seu lado.

Segui em sua direção e me sentei, ela estava de braços abertos para me receber, me virei de costas para ela me aconchegando nos seus braços, meus ombros encostados em seu corpo.

- Como está se sentindo mãe? – Pergunto querendo saber sobre sua gestação.
- Eu estou bem, nós estamos bem. – Disse tocando sua barriga na lateral.
- Nunca imaginei que vocês teriam outro filho. – Sorri pensando na situação.
- Tudo tem um propósito, Deus quis nos dar outro anjinho. – Deu um beijo nos meus cabelos.

Suas falas me inundaram de felicidade, me senti coberto de amor, seu jeito de lidar com a situação, o modo como faz referência ao meu irmão (a), não lembro muito de quando ela estava grávida da Bruna eu era criança não entendia direito, mas agora, bem mais maduro e tomado pelo sonho de construir uma família tão sólida quanto, via o quão maravilhoso estava sendo.

Escorreguei minha cabeça para seu colo deitando meu corpo no sofá, me virei de lado e abracei sua cintura, queria aquela proximidade, estava curtindo muito esse lance novo. Suas mãos acariciavam meus cabelos e podia sentir seu sorriso, realmente minha família era extremamente abençoada.

- E você? – Sua pergunta soou em meio ao silêncio.
- O que tem eu?
- Como anda seu coraçãozinho? – Confesso que não esperava por essa pergunta agora, principalmente porque não sei como anda meu coração.
- Não sei. – Confessei com sinceridade. – Talvez um pouco mexido. – Suspirei.
- Estava ate agora com a dona dos seus suspiros?
- Sim.
- E eu poderia saber quem é que está mexendo com o meu bebê? – Perguntou risonha me obrigando a dar risada também.
- É a pessoa mais doce e linda, por dentro e por fora, que já conheci.
- Tem nome? – Assenti sorrindo.
- Vitória, acho que é a minha Vitória.
- Te ver feliz me deixa muito alegre filho. Essa moça sente o mesmo por você?
- Não sei mãe, mas ela me faz bem.
- Eu conheço?
- A viu uma vez.
- Sério? Onde? - Me pergunta curiosa.
- Aqui em casa, naquele jantar que fizemos para renovar a contrato com o advogado da empresa.
- Então... É a Vitória? Filha do Ricardo? – Assenti. – Ela é uma graça de menina.
- Tenho certeza disso mãe. – Me levantei encarando seus olhos, ela me deu um beijo na bochecha e me chamou para subir, concordei e subimos as escadas.





Vitória Narrando



        Tudo parecia um sonho, a minha vida parecia um sonho. Fechei a porta do meu quarto colocando em seguida a bolsa em cima da escrivaninha. Entrei no closet, retirei meu sapato, apreciando com o pé descalço o tapete macio do local, guardei pulseiras e brincos em seus devidos lugares, tirei a roupa e a coloquei junto com as outras de lavar.

Segui para o banheiro, minha banheira parecia mais incrível do que nunca, sem mais delongas liguei a torneira para enchê-la, adicionando variados sais na medida certa. Nem me dei conta de quando a banheira estava cheia, desliguei a mesma quando as espumas estavam evidentes, quase transbordando. Adentrei a água quente e relaxante, meu corpo se arrepiou, meu paraíso se completou ali, amarrei o cabelo em um coque mal feito encostando o pescoço na borda, deslizando totalmente meu corpo para dentro da água.

Com os olhos fechados me perdi em pensamentos, ainda podia sentir o toque aveludado de seus lábios nos meus, a corrente elétrica de seus toques, podia sentir seu coração bater acelerado junto ao meu, o descompasso das nossas respirações, podia sentir esse sentimento bom que era estar com ele, essa paz.

Não vi a hora passar, estava quase adormecendo, resolvi ir pra cama. Deixei o banheiro em direção ao closet, me troquei vestindo uma camisola fresca me olhei no espelho e me senti mais linda, mas feliz. Em passos lentos fui para cama, me encolhi em meio às cobertas e adormeci serena.



Uma Semana Depois...





NOTAS: Oi  Amoras, volteii <3.... Mais um capítulo, me digam, só eu que amei esse capítulo? Me contem... Amo vcs !!!!