8 de dezembro de 2015

CAPÍTULO 20 - "Fica bem minha linda."

CAPÍTULO DE HOJE, dedicado a minha leitora linda Francisca Aline que faz aniversário amanhã, amorzinho da minha vida, meus parabéns, muitas felicidades, muitos anos de vida, muita paz e princialmente muita saúde. E por favor, continue sempre me mandando mensagens perguntando dos capítulos eu amo! Hahahaha <3


Luan Narrando


Já fazia tempo que eu estava andando de um lado pro outro dentro daquele quarto, e depois de receber aquela mensagem da Bruna a situação só piorou. Tentei falar com meus pais para ver se eles sabiam de alguma coisa, o que foi em vão.

Estava vendo a hora que um buraco iria abrir no chão, fazia quase 15 minutos que eu andava dentro daquele quarto, já estava quase ligando pro Testa. Me joguei na cama com o braço sobre os olhos e não demorou e não demorou 2 minutos e meu celular tocou, era Bruna.

Ligação ON

Luan: Bruna, pelo amor de Deus o que aconteceu?

Bruna: Calma Luan...

Luan: Você se machucou?

Bruna: Luan deixa eu falar, fica calmo. Não é nada com a nossa família.

Luan: Então com quem foi?

Bruna: Foi com a Vitória.

Luan: O QUE? A VITÓRIA AMIGA SUA E DA ALICE?

Bruna: Isso mesmo eu...

Luan: O que aconteceu com ela? Porque ela tá no hospital?

Bruna: Luan calma ok, calma...

Luan: Como eu vou ficar calmo Bruna, é a Vitória que está no hospital, a VITÓRIA. – Se eu já estava nervoso imagina agora.

Bruna: Você vai deixar eu falar ou não?

Luan: Fala Bruna, fala!

Bruna: Ela está internada, teve uma intoxicação e precisou ser internada, eu tô aqui  com a Lice, o Vitor e o pai dela.

Luan: Porque ela teve intoxicação?

Bruna: A Vitória fez uma loucura Luan, ela tentou se matar ingerindo uma grande quantidade de comprimidos.

Luan: Meu Deus! – O silêncio se instalou naquele quarto.

Bruna: Luan!?

Luan: Oi! Oi, eu tô aqui... Meu Deus, porque ela fez isso?

Bruna: Eu não sei Pi, ela tá sedada, tá dormindo, teve algumas complicações durante o atendimento médico, mas a situação dela é estável.

Luan: Eu tô preocupado Piroca, amanhã quando eu for pra casa eu vou no hospital, preciso ver ela. – Falei passando a mão no rosto.

Bruna: Tudo bem, eu te mando uma mensagem com os horários de visita e o nome do hospital.

Luan: Beleza Piroquinha, qualquer coisa que acontecer me avisa tá!?

Bruna: Tá bom! Fica com Deus Pi, se cuida.

Luan: Amém, boa noite Piroca.

Bruna: Boa Noite!

Ligação OFF

Finalizei aquela ligação com o coração extremamente apertado e triste, minha preocupação era evidente, ainda não conseguia acreditar que ela tinha sido capaz de fazer isso, gostaria de entender o que anda acontecendo com ela, o que se passa naquela cabecinha, ela é tão linda, tão encantadora, uma moça apaixonante, tão dona de si, com uma profissão admirável e principalmente, uma vida toda pela frente e com certeza com várias oportunidades de ser feliz, é difícil de acreditar.

Quando dei por mim, uma lágrima escoria pelo meu rosto, ela em uma noite conseguiu me mostrar toda a sua personalidade, a verdade é que ela havia me encantado apenas com aquela noite, a verdade é que ela se tornou importante demais pra mim e eu não queria pensar em mais nada a não ser cuidar dela, estar ao lado dela neste momento difícil, pra mim ela tornou-se uma grande amiga e por isso eu precisava estar naquele hospital no primeiro horário de visitas e começar a entender o que está acontecendo na vida dela.  

Fui até a sacada, o violão me acompanhava, sentei em uma das cadeiras ali presentes e comecei a dedilhar notas aleatórias no violão, meu olhar era vago e perdido no horizonte, meus pensamentos só não estavam também perdidos porque era ela que estava neles, voltei minha atenção para o violão, quando mais uma lágrima escorreu pelo meu rosto, olhei as horas no celular encima da mesinha na minha frente, já era tarde e por mais que o sono não estivesse presente em mim eu precisava me esforçar para que ele se fizesse presente, queria estar bem para olhar nos olhos dela.

(...)

No outro dia acordei no horário combinado com o resto da equipe, eram 08:00 horas. Segui para o banheiro, tomei um banho pra terminar de acordar, acabei minhas higienes e sai para o quarto com a toalha enrolada na cintura e outra secando os cabelos.

Coloquei uma cueca e uma calça jeans, sequei os cabelos e deixei uma touca e uma camiseta separadas e fui arrumar minhas malas. Quando terminei de trazer as coisas que estavam no banheiro, escutei batidas na porta, fui até ela abrindo e dando de cara com o Rober.

- E aí Boi? – Perguntou ao me ver.
- Fala cara, entra aí. – Dei espaço e ele entrou.
- Tá pronto? – Perguntou sentando – se na poltrona que havia no quarto.
- Vou só terminar de guardar isso aqui. – Apontei para os pertences que eu havia trago do banheiro antes dele chegar.
- Que cara é essa Boi? – Perguntou me encarando, ele era meu amigo e me conhecia muito bem. Suspirei e me sentei na cama.
- Sabe a Vitória?
- A Vitória aquela amiga da Bruna?
- É. – Suspirei.
- O que tem ela?
- Tentou suicídio. – Falei e vi seus olhos arregalarem.
- Quando isso cara?
- Ontem. A Bruna me ligou ontem já era tarde e me contou, ela foi levada para o hospital e a Bru também foi pra lá. Cara eu tô muito preocupado.  – Falei me  levantado e passando a mão no rosto
- Calma cara! Cê vai no hospital?
- Vou Boi, claro.
- Que horas se vai?
- Assim que chegar lá.
- Ok eu vou avisar o motorista da van e o Well. – Ele disse e se levantou.
- Valeu cara. Pedi pra vim pegar minhas malas, eu já tô pronto daqui a pouco eu desço.
- Tudo bem, te espero lá embaixo. Vai atender as meninas?
- Vou sim.
- Beleza, vou indo lá. – Me deu um tapinha nas costas e logo ouvi a porta batendo.

Coloquei a camiseta que eu havia separado, fui para frente do espelho e arrumei a touca na cabeça, calcei meu tênis e peguei meu celular colocando no bolço, logo o rapaz do hotel chegou para pegar minhas malas, ele me pediu uma foto e eu não neguei, tiramos a foto e ele logo saiu carregando minhas coisas. Conferi o quarto para ver se não estava esquecendo nada, mandei uma mensagem parra o Testa avisando que estava descendo. Chegando no hall do hotel fui acompanhado do Well e de outros dois seguranças, atendi as meninas que estavam ali na frente, entrei na van e seguimos para o aeroporto, chegaríamos em São Paulo por volta das 11:00 horas e seguiria para o hospital.

(...)

Como previsto cheguei no aeroporto de São Paulo 11:00 horas, Rober já tinha avisado o  motorista da van que nos levaria para casa que eu iria para o hospital, o Well me acompanharia para evitar algum eventual tumulto, mas para falar a verdade eu estava pouco me importando com isso eu queria mesmo era ver ela.

E como num piscar de olhos já estávamos fora do aeroporto, ao sair o trânsito estava parado, parecia que tudo conspirava contra, respirei fundo queria ser o primeiro a visita– lá neste horário e o mesmo começava em 30 minutos. Respirei fundo novamente e escorei a cabeça no encosto do banco fechando os olhos, já havia aceitado que demoraríamos para chegar lá.

A Bruna tinha me mandado uma mensagem a uns 5 minutos atrás perguntando se eu já tinha chegado e se eu estava bem, respondi a mesma dizendo que eu tinha chego bem e estava preso em um maldito trânsito.

Já estava ficando doido e nada de chegar, só depois de 10 minutos aquilo começou a andar, o motorista já sabia o endereço, primeira oportunidade saímos daquela avenida movimentada e seguimos para lá.

O hospital era grande, um dos maiores de São Paulo. Desci acompanhado do Well enquanto o motorista seguiria para deixar o resto do pessoal em casa, quando fosse embora chamaria um táxi.
Entrei na imensa recepção e segui direto para o balcão de informações. Depois de um breve diálogo, fui orientado a subir para o terceiro andar que era uma das alas de internações. Quando as portas do elevador se abriram no andar indicado, havia uma outra recepção, onde duas recepcionistas se encontravam.

- Boa tarde. – Falei chegando ao balcão, enquanto o Well se mantia ao meu lado, já era 12:00 horas.
- Boa tarde. – Respondeu a moça um pouco impressionada com minha presença.
- É... Eu vim visitar uma paciente que está internada aqui.
- Ah sim... O senhor pode me dar seus documentos e falar o nome da paciente? – Perguntou simpática.
- Claro. – Falei tirando meus documentos da carteira e lhe entregando. – A paciente é a Vitória Fiore. – Disse enquanto ela digitava algo no computador.
- Ok! O senhor, por favor, cole este adesivo de identificação pessoal na sua blusa. – Falou me entregando um adesivo que continha meus dados pessoais, o horário de entrada o hospital e a palavra “VISITANTE”. – Agora o senhor segue reto nesse corredor e vire a direita, é o quarto 103. – Falou sorrindo.
- Obrigado! – Falei com meu segurança e ele me esperaria ali mesmo.

Segui no corredor e parecia que não chegaria o fim. Quando dobrei a direita meu coração ficou acelerado, naquele corredor om tantos quartos logo encontrei o seu, parei em frente e respirei fundo batendo na porta e escutando sua voz doce dizendo “entra!”.

Coloquei a mão na maçaneta da porta, meu coração antes estava acelerado e agora estava para sair pela boca. Me concentrei e girei a maçaneta, colocando a cabeça para dentro do quarto e encontrando aqueles belos olhos claros, porém tristes.

- Oi! Posso mesmo entrar? – Ela ficou surpresa ao me ver ali.
- Luan!?... Claro entra. – Disse se arrumando na cama.
- Vim te ver, como você está? – Disse me aproximando e beijando sua testa.
- Indo... – Suspirou. – Ainda me sinto muito fraca, sinto ainda muito enjoou por conta dos remédios, fora todos esses fios aqui. – Disse apontado para o peito, ela tomava soro na mão direita e havia vários fios no seu peito monitorando seus batimentos cardíacos.
- Você me deixou muito preocupado. – Falei acariciando seu rosto. – Porque você fez isso?
- É uma história complicada Luan. – Ela falou um pouco desconcertada. – Eu só não via amis sentido nessa vida. – Falou com tristeza.
- Ei... – Falei pegando seu rosto entre as minhas mãos, fazendo ela me olhar. – Nunca mais fale uma coisa dessas, me escutou? – Falei encarando seus olhos fundos.
- Tudo bem... – Seus olhos foram tomados por lágrimas.
- Calma. – Falei lhe abraçando. – Quer me falar o que aconteceu? – Ela negou. – Tudo bem, vou te respeitar.
Passei meus olhos pelo quarto em que ela estava e avistei em uma mesa próxima, uma bandeja devia ser a que veio seu almoço.
- Já almoçou?
- Não, acabaram de deixar aí. – Falou tímida. – E não estou com fome. – Fez careta.
- É mais a senhorita precisa se alimentar. – Fui até a mesa pegando a bandeja colocando em seu colo.
- É sério eu não tô com fome. – Me olhou suplicando.
 - O que eu falei também é sério, você precisa se alimentar. – Falei abrindo a bandeja. – Vai só um pouquinho!? – Fiz bico e ela me olhou sorrindo, era o primeiro sorriso que ela dava desde a hora que eu cheguei.
- Ok, só um pouquinho. – Falou ainda com seu belo sorriso no rosto.

(...)

Meia hora depois o pouquinho dela virou o almoço todo, aos poucos ela foi comendo tudo, e se entretendo coma nossa conversa.

- Viu, não foi difícil, já comeu tudo. – Falei tirando a badeja do seu colo e devolvendo na mesa.
- É não estava tão ruim. – Falou divertida.
Nossos olhos se encontraram e logo as palavras sumiram, estava me controlando muito pra não tomar sua boca em um beijo maravilhoso. Fomos interrompidos por alguém batendo na porta, era uma enfermeira, ela pediu licença e entrou com um copo descartável que continha alguns comprimidos e outro com água.
- Sério que eu ainda tenho que tomar isso? – Perguntou olhado para enfermeira eu apenas assentiu. E mesmo de cara feia ela engoliu todos os comprimidos e em seguida a mulher se retirou lavando a bandeja do almoço junto.
- Eu não aguento mais esses remédios. – Falou triste.
- É pro seu bem, daqui a pouco acaba. – Falei sorrindo.
- Eles me fazem dormir, e deixam muito mole.
- Não fica assim. – Falei trazendo uma cadeira da mesa para perto da sua cama. – Vamos fazer assim, eu vou cantar pra você, aí você descansa tranquila. – Ela assentiu realmente os remédios já estavam fazendo efeito, seus olhos estavam pequenininhos.

Peguei em suas mãos enquanto ela fechava os olhos e com a  voz mais calma possível comecei na cantar:

“Ela é uma mulher menina
Que precisa urgentemente ser mais forte
Ela quer alguém que leia seu sorriso
Antes de olhar o seu decote
Ela vê suas amigas se entregando
Ao primeiro que aparecer
Numa tentativa boba de se preencher

Garotas querem mais amor de verdade, mais sinceridade
Garotos são todos iguais
Tem necessidade, não passam vontade
Mas "tô" aqui pra provar

Eu não te deixaria por uma aventura à toa
E nem te trocaria por qualquer outra pessoa
Só pra matar a vontade, o crime não compensa

Garotas inocentes não merecem chorar
Por garotos que não tem a verdade no olhar
Escolhi ser diferente, amor, só pra te amar”.

Nem precisei cantar novamente, ela tinha pegado em um sono profundo, fiquei admirando seu belo rosto, agora calmo e sereno, ela é linda demais. Olhei as olhas no celular e fazia cerca de uma hora meia que eu estava, mas por mim ficaria a eternidade. Ainda ao seu lado na cama, mandei uma mensagem para Alice falando que eu tinha ido ao hospital e perguntando se alguém viria ficar ela, não demorou e sua resposta chegou, ela agradeceu a mim por ter ido vê – lá e disse que o irmão já estava a caminha para ficar com ela. Guardei meu celular no bolso e a olhei novamente, me aproximei e depositei um beijo em sua testa seguido de um “fica bem minha linda.”, em seguida deixei o quarto e me dirigi a recepção novamente.






NOTAS:

OI AMORES VOLTEI HAHA, E AGORA DE FÉRIAS!

E PRA COMPENSAR O TEMPO QUE NÃO POSTEI, TA AÍ UM CAPÍTULO GRANDINHO SÓ COM O LUAN NARRANDO, ESPERO QUE GOSTEM E COMENTEM.

NÃO ME  ABANDONE E AMO VOCÊS <3

PS: ME PERDOEM SE TIVER ALGUM ERRO DE PORTUGUÊS!

28 de outubro de 2015

CAPÍTULO 19 – DEPOIS DA TEMPESTADE VEM SEMPRE A CALMARIA


Vitor Narrando


- Pai, vamos logo! – Gritei de dentro do carro.

Ver minha irmã naquele estado me dilacerava o coração, nunca imaginei que ela seria capaz de fazer isso com sua própria vida, mas era tanto sofrimento que me deixava desesperado, eu sentia o que ela sentia, estava a todo momento tentando a afastar ou amenizar esse sofrimento.

Meu pai não demorou para entrar no carro, deixando minha mãe gritando na calçada em frente a nossa casa. O carro deslizava pelas ruas daquela grande cidade em alta velocidade, quanto mais andávamos, mais longe parecia estar aquele bendito hospital.

Quando enfim chegamos, a primeira coisa que fiz foi descer do carro com minha irmã no colo, sendo seguido por meu pai. Ao adentramos a emergência do hospital o desespero estava estampado em nossas faces e logo uma equipe emergencista estava ali, na maior correria, só tive tempo de dizer a alguém da equipe, “foi uma tentativa de suicídio com remédios”, e logo adentraram de vez aquele imenso prédio, levando ela.

Não demorou e logo alguém veio nos levar para uma sala privativa. As lágrimas não paravam de sair dos olhos de meu pai, ele estava sentado em uma das poltronas daquela sala, com os cotovelos apoiados nas coxas e as mãos tampando os olhos em uma tentativa em vão de controlar as lágrimas.


Ricardo Narrando


A culpa disse tudo é minha como pai, sofro junto com ela, não consigo me arrepender de nada, até porque a existência dessa criaturinha preciosa não deixou. Só não podia imaginar que esse ato renderia tanto sofrimento a minha pequena.

Eu não aguento mais guardar tanta coisa dentro de mim, a Suzana consegue ser muito mais fria mais calculista e suas palavras ainda não saíram da minha cabeça, eu realmente tenho muito, mais muito medo do desprezo da minha filha, não vou conseguir suportar, talvez a Suzana consiga tirar isso de letra, seu sofrimento de hoje mais cedo não me comoveu, talvez eu tenha sido um pouco cruel ao impedir que ela viesse ao hospital, mas suas condições emocionais não estavam das melhores, e ainda por cima depois da nossa discussão, ficar em um lugar juntos e ainda sobre toda essa pressão não ia dar certo.

- Pai?! – Tirei as mãos do rosto e encarei meu filho que estava sentado ao meu lado em outra poltrona. – Toma essa água. – Estendeu o copo pra mim, assenti pegando o copo de suas mãos.
- Eu vou ligar pra Lice. – Falou me encarando. – Elas são muito amigas.
- Tudo bem eu vou ficar aqui. – Assentiu e saiu da sala com o telefone nas mãos.


Vitor Narrando


Saí da sala onde estávamos pra ligar pra Lice, elas são muito amigas, como irmãs. Disquei seus números, na primeira tentativa chamou até ir para caixa postal, esperei um pouco e tentei novamente, quase no último toque ela atendeu.

Ligação ON

Alice: Vitor?
Vitor: Lice, tudo bem? – Um barulho abafado se encontrava ao fundo da nossa ligação.
Alice: Tudo Vi, eu tô no shopping com a Bruna, eu tentei ligar pra Vi mais ela não atende! Aconteceu alguma coisa? Você tá esquisito. – Suspirei fundo, minha tristeza era perceptível na minha voz.
Vitor: Aconteceu Lice... – Minha voz embargou.
Alice: Vitor é com a Vitória? Cadê ela? – Ela também ficou desesperada.
Vitor: Ela tá no hospital Lice... – Chorei. – Ela tentou se suicidar... – Minha voz saiu mais abafada e  sussurrada, não me importei em controlar as lágrimas.
Alice: Vitor para de mentir pra mim. – Ela estava nervosa.
Vitor: Eu não tô mentindo Alice, não temos nenhuma notícia dela ainda.
Alice: Eu vou pra aí, passa o nome do hospital pra Bruna, a gente já tá indo.
Vitor: Tudo bem. – Passei o nome do hospital pra Bruna e logo encerramos a ligação.

Ligação OFF

Voltei para sala de espera, meu pai continuava com seu olhar vago, seus pensamentos estavam longe, não quis dizer nada, queria deixa-lo com seus pensamentos, suas reflexões, não era hora de falar sobre certos assuntos, mas na minha cabeça, meus pais tinha que dar um jeito de se resolverem e parar de uma vez por todas com essas brigas bestas que só fazem mal pra gente.

Cerca de 10 minutos depois, Alice chegou junto com Bruna ao hospital, já fazia mais de 1 hora que não tínhamos notícias da minha irmã. Meu pai já andava de um lado para o outro dentro daquela sala, a angústia apertava cada vez mais, Bruna consolava Alice em um canto, meu maxilar já doía de tanta tensão, e na hora que eu já ameaçava levantar e ir atrás de notícias dela, o médico que a atendeu entrou na sala.

- Então Doutor como está minha filha? – Perguntou de imediato meu pai. A expressão do médico era calma, não diria tranquila mais sim calma. Alice roía as unhas como nunca e ansiava assim como eu pela resposta.
- Todos podem se acalmar o pior já passou! – Pra mim só essas palavras já bastavam ela estava viva! – Ela teve uma intoxicação grave devido a ingestão em excesso de remédios, quando chegou aqui ainda teve duas paradas cardiorrespiratórias, e não vou mentir nos deu trabalho, mas ela é uma menina forte, guerreira apesar de tudo. – Meu pai chorava de emoção e alivio, era visível em seu olhar.
- E qual é o estado dela agora doutor? – Perguntei.
- Ela esta na UTI em observação, uma equipe médica esta totalmente direcionada para cuidar do caso dela, ainda é delicado, ela pode vim a ter algumas recaídas, por isso a internação direta na UTI, mas o pior já passou realmente, ela está sedada e respirando parcialmente com ajuda de aparelhos, mas o estado dela é estável, acredito que entre amanhã ou depois ela já esteja pronta pra ir pro quarto. – Assentimos aliviados, é parece que o pior já havia passado.
- A gente pode ver ela doutor? – Perguntou Alice.
- Eu aconselho vocês a irem para casa, ela não vai acordar agora, amanhã cedo garanto a visita de vocês. – Alice assentiu concordando.
- Fique calmo seu Ricardo! – Disse o médico colocando a mão nos ombros do meu pai. – Sua filha está bem.
- Obrigado Doutor! – Disse meu pai e o médico se retirou logo em seguida.
- Vamos pai? – Encostei minhas mãos nas suas.
- Queria ver ela! – Disse triste.
- Eu sei pai, mas ela tá bem, amanhã a gente volta.
- Por favor Tio Ricardo vamos. Amanhã a gente volta pra ver ela e tenho certeza que ela vai estar bem melhor. – Ele só se convenceu depois do que Alice disse.

Seguimos ara o estacionamento, Bruna me garantiu que levaria Alice em casa e depois de lá pegaria um táxi para sua casa. Nos despedimos das duas e fomos pra casa, fui guiando o carro de meu pai e agora o caminho parecia mais curto.


Luan Narrando


Tinha acabado de chegar ao hotel, tinha feito um show em uma casa fechada em Goiânia e por decorrência disse o show terminou mais cedo. Liguei para minha mãe como todos os dias, conversamos por bastante tempo, meu pai estava no banho e segundo minha mãe hoje ele seria o chefe de cozinha da casa, dei risada, queria só ver o que sairia.

Quando perguntei da minha irmã, ela disse que a mesma tinha saído com uma miga iriam ao shopping e jantariam por lá mesmo, resolvi que mais tarde ligaria pra ela, me despedi e segui direto para o banho.

Quase 1 hora depois já havia jantado, estava deitado na cama a fim de descansar para seguir viagem amanhã. Com o celular nas mãos resolvi ligar para minha irmã, e nada da bonita atender, tentei mais duas vezes e nada, foi então que em menos de 10 minutos depois a luz do meu celular acendeu, anunciando uma mensagem dela.

Piroca: “Pi, não posso te atender agora, estou no hospital!”


Tomei um susto, dei um pulo na cama, como assim no hospital, será que aconteceu alguma coisa muito grave?












NOTAS:

OI AMORES TUDO BEM??

BOM AÍ ESTÁ O CAPÍTULO DE VOCÊS, ESCRITO COM MUITO AMOR !

O CAPÍTULO ERA PRA TER SAÍDO SEMANA PASSADA, MAS FIQUEI DOENTE SEMANA PASSADA E ESSA SEMANA TAMBÉM, AINDA NÃO ESTOU 100% MAS NÃO VOU DEIXAR VOCÊS ESPERANDO.

BOM, ESPERO QUE GOSTEM E COMENTEM MUITO, E TAMBÉM NÃO SE ESQUEÇAM DE VISITAR O GRUPO DA FANFIC NO FACE, O LINK TÁ NO CAPITULO PASSADO, BEIJINHOS!!! <3


15 de outubro de 2015

CAPÍTULO 18 – A VIDA POR UM FIM!

ATENÇÃO IMPOTANTE;

AMORES DA MINHA VIDA LEIAM AS NOTAS NO FINAL DO CAPÍTULO!!!



Ricardo Narrando


Já não aguentava mais ver minha filha sofrendo desse jeito, podia ver o sofrimento, o desespero e a raiva instalados no seu olhar todas as vezes que Suzana resolvia destilar seu rancor para cima dela.

Por falar nela, depois da cena horrorosa eu ela fez questão de protagonizar  no andar de baixo da nossa casa, subi com ela pro andar de cima, mas especificamente pro nosso quarto, não  me importei com a  forma que reagi com ela, na hora não conseguia pensar em nada se não proteger a Vitória.

Me controlei ao máximo para não perder a cabeça de vez com ela,  minha vontade era fazer ela sentir na raça e na pele todo o sofrimento que ela vinha causando para nossa filha. Quando cheguei ao me limite com aquela discussão toda, saí do quarto me dirigindo para o escritório, a última reação da minha esposa foi arremessar algo de vidro contra a porta, pouco tempo antes que fechasse a mesma. Adentrei aquele enorme escritório e olhei todos os cantos, mais uma vez eu estava ali, aquele ambiente era meu refúgio quando as brigas com a Suzana aconteciam, quantas noites eu dormi ali naquele sofá, ou simplesmente passei a noite acordado me embebedando, tudo numa tentativa de esquecer.

Me joguei de qualquer jeito naquele sofá, com a cabeça rodando, as palavras de Suzana durante a nossa briga ainda rodeavam minha cabeça, Você não tinha o direito de  me tratar daquele jeito lá embaixo, eu sou sua mulher e  exijo respeito.”, “Você vai se arrepender de tudo que fez e eu vou assistir tudo de forma privilegiada.”, “Você Ricardo, está condenado a sentir e passar  pelo pior sofrimento que uma pessoa pode viver, você vai sofrer mais do que eu sofri um dia na minha vida nas suas mãos.”.

Perdi a noção do tempo enquanto pensava na vida, só sabia que já havia escurecido, olhei no relógio e já marcava 20:15 da noite, respirei fundo precisava saber como andava as coisas no lado de fora daquele escritório. Fui descendo as escadas devagar, o silêncio reinava por todos os lados, chegava a ser assustador. Quando passei pelo último degrau da escada, avistei meu filho deitado no sofá, entretido com seu celular.

- Faz tempo que você está aí? -  Perguntei me aproximando e sentando no outro sofá.
- Nossa pai que susto! – Disse se arrumando no sofá. – Faz um tempinho sim, cheguei a cochilar aqui.
- Uhm e sua irmã? – Perguntei encarando o nada a minha frente.
- Tá mal né pai, poxa a mamãe resolveu perder a cabeça de vez?
- não sei! – Disse negando com a cabeça.
- Cadê ela pai?
- Deve estar no quarto, foi lá que eu deixei ela! E sua irmã? – Perguntei agora o encarando.
- Também está no quarto.
- Desde que horas a Vitória está trancada no quarto? – Perguntei com uma pontinha de preocupação começando a apertar meu peito.
- Pouco tempo depois que vocês resolveram parar de “gritar” ela subiu pro quarto dela, disse que precisava ficar um pouco sozinha e...
- Vitor ninguém fica quase 8 horas trancada um quarto, sem comer ou beber nada! – Falei me alterando e sentindo meu peito apertar de vez. – Eu vou ver ela. – Disse subindo as escadas.
A cada degrau que eu subia, parecia que meu coração ficava mais amarrado ainda, uma necessidade absurda de chorar começa a me dominar, quando cheguei em frente a porta de seu quarto, tentei me controlar, e me coloquei a chamar pelo seu nome.
- Vi? – Chamei com a voz um pouco controlada. – Filha abre a porta! – Forcei a maçaneta e como eu imaginava a mesma estava trancada. – Vitória! Filha, por favor, abre a porta! – O desespero voltou a tomar conta de mim. – Vitória! Eu só quero te ver, pelo amor de Deus abre a porta! – Nada, nem um fio de voz da minha pequena, portanto não tive outra alternativa a não ser usar da minha força para conseguir abrir aquela maldita porta.

Quando consegui abrir, adentrei aquele quarto, um misto de várias coisas passou pelo meu coração, aquele quarto parecia sem vida, passei os olhos por todos os cantos daquele ambiente e nada dela.

- Vitória! – alterei um pouco a minha voz. Nada nem um sussurro abafado, nem um sinal da minha pequena, as lágrimas já corriam meu rosto sem ao menos eu perceber quando começou, com a garganta quase trancada, corri para o último ambiente restante, seu closet.

Entrei em um breve estado de choque, não conseguia me mexer, meu coração acelerou e o desespero tomou conta de mim, não, não podia ser ela, não podia ser minha menina, ali assim jogada, em um estado totalmente desesperador.

- Não, não! Vitória! – Me ajoelhei diante de seu corpo, sua volta era tomada por remédios e cheiro daquele perfume se tornou um tormento na minha cabeça, ela não tinha feito isso. – Vitória minha filha pelo amor de Deus! – Eu só queria que ela falasse comigo. – Você não fez isso minha pequena, você não fez! – Precisava tirar ela dali. – VITOOORRR!!! – Gritei pelo meu filho, que em dois tempos estava ali.
- Pai... O que aconteceu pelo amor de Deus, ela não fez isso pai!
- Me ajuda, vamos levar ela para um hospital, desce e abre o carro. – Tomei minha menina nos braços, enquanto Vitor seguia na minha frente, se já não bastasse isso, dei de cara com Suzana entrando no quarto naquele instante e não se controlou quando realmente tomou total conhecimento da situação.
- Não Ricardoo, não. – Falou vindo em minha direção com os olhos tomados pelas lágrimas, lágrimas essas que eu não sabia mais se eram verdadeiras, ela se jogou encima da filha, chorando desesperada.
- Sai da minha frente Suzana, se não é pra ajudar sai da minha frente. – Falei  perdendo a  paciência e trocando os passos em direção ao corredor, empurrando ela da minha frente.
- Eu quero ir com você! – Dizia ela enquanto eu saia pela porta da frente da casa em direção ao carro.
- Mas você não vai! – Falei colocando minha filha no banco de trás e logo em seguida Vitor entrou junto com ela.
- EU QUERO IR COM A MINHA FILHAAA!! – Veio pra cima de mim me estapeando o peito.

- CHEGA SUZANA!! SE CONTROLA. – Falei tirando suas mãos de cima de mim e adentrando o lado do motorista no meu carro, seguindo em direção ao hospital mais próximo. 








NOTAS:

OIE AMORES... EU SEI QUE DEI UMA SUMIDA, ESSA FOI A MAIOR DE TODAS, ME PERDOEM... BOM, O QUE ACONTECEU PARA EU SUMIR EU FOI NADA DIFERENTE, MAS SIM A FACULDADE, COMO SEMPRE!! PORÉM DESSA VEZ NÃO  FORAM APENAS AULAS E TRABALHOS, MAS AS PROVAS E EU NÃO PODIA DEIXAR DE ESTUDAR, PEÇO QUE VOCÊS ME ENTENDAM MAIS UMA VESZ. O CAPÍTULO NÃO FICOU MUITO GRANDE, MAS QUERO POSTAR OUTRO AINDA ESSA SEMANA QUEM SABE AMANHÃ!

TENHO DOIS RECADOS PRA VCS:

1. QUERIA SABER SE VCS QUEREM UM GRUPO NO WHATS? SE SIM, POR FAVOR DEIXEM O NÚMERO DE VCS NOS COMENTÁRIOS. 

2. EU FIZ O GRUPO DA FANFIC NO FACEBOOK, VOU DEIXAR O LINK DO GRUPO É CLICAR E PEDIR PRA ENTRAR, TEREI O MAIOR PRAZER EM ADICIONA-LÁS, O GRUPO TEM COMO OBJETIVO, FACILITAR O CONTATO COM VCS, ENTÃO PODEM FALAR, PERGUNTAR, CRITICAR ENFIM, MANTEREI VCS INFORMADAS LÁ TAMBÉM!


OU TAMBÉM PODEM PROCURAR LÁ NO FACE O NOME DO GRUPO: Fanfic - Desperta em Mim Meu lado Bom.

BOM GALERA É ISSO, CURTAM O CAPÍTULO E COMENTEM, DEPOIS TEM MAIS... AMO VCS <3.

PS: DESCULPE SE TIVER ALGUM ERRO DE PORTUGUÊS!