CAPÍTULO DE HOJE, dedicado a minha leitora linda Francisca Aline que faz aniversário amanhã, amorzinho da minha vida, meus parabéns, muitas felicidades, muitos anos de vida, muita paz e princialmente muita saúde. E por favor, continue sempre me mandando mensagens perguntando dos capítulos eu amo! Hahahaha <3
Luan
Narrando
Já fazia tempo que eu
estava andando de um lado pro outro dentro daquele quarto, e depois de receber
aquela mensagem da Bruna a situação só piorou. Tentei falar com meus pais para
ver se eles sabiam de alguma coisa, o que foi em vão.
Estava vendo a hora que
um buraco iria abrir no chão, fazia quase 15 minutos que eu andava dentro
daquele quarto, já estava quase ligando pro Testa. Me joguei na cama com o
braço sobre os olhos e não demorou e não demorou 2 minutos e meu celular tocou,
era Bruna.
Ligação
ON
Luan: Bruna, pelo amor de Deus o que
aconteceu?
Bruna: Calma Luan...
Luan: Você se machucou?
Bruna: Luan deixa eu falar, fica calmo.
Não é nada com a nossa família.
Luan: Então com quem foi?
Bruna: Foi com a Vitória.
Luan: O QUE? A VITÓRIA AMIGA SUA E DA
ALICE?
Bruna: Isso mesmo eu...
Luan: O que aconteceu com ela? Porque ela
tá no hospital?
Bruna: Luan calma ok, calma...
Luan: Como eu vou ficar calmo Bruna, é a
Vitória que está no hospital, a VITÓRIA. – Se eu já estava nervoso imagina
agora.
Bruna: Você vai deixar eu falar ou não?
Luan: Fala Bruna, fala!
Bruna: Ela está internada, teve uma
intoxicação e precisou ser internada, eu tô aqui com a Lice, o Vitor e o pai dela.
Luan: Porque ela teve intoxicação?
Bruna: A Vitória fez uma loucura Luan, ela
tentou se matar ingerindo uma grande quantidade de comprimidos.
Luan: Meu Deus! – O silêncio se instalou
naquele quarto.
Bruna: Luan!?
Luan: Oi! Oi, eu tô aqui... Meu Deus,
porque ela fez isso?
Bruna: Eu não sei Pi, ela tá sedada, tá
dormindo, teve algumas complicações durante o atendimento médico, mas a
situação dela é estável.
Luan: Eu tô preocupado Piroca, amanhã
quando eu for pra casa eu vou no hospital, preciso ver ela. – Falei passando a
mão no rosto.
Bruna: Tudo bem, eu te mando uma mensagem
com os horários de visita e o nome do hospital.
Luan: Beleza Piroquinha, qualquer coisa
que acontecer me avisa tá!?
Bruna: Tá bom! Fica com Deus Pi, se cuida.
Luan: Amém, boa noite Piroca.
Bruna: Boa Noite!
Ligação
OFF
Finalizei aquela
ligação com o coração extremamente apertado e triste, minha preocupação era
evidente, ainda não conseguia acreditar que ela tinha sido capaz de fazer isso,
gostaria de entender o que anda acontecendo com ela, o que se passa naquela
cabecinha, ela é tão linda, tão encantadora, uma moça apaixonante, tão dona de
si, com uma profissão admirável e principalmente, uma vida toda pela frente e
com certeza com várias oportunidades de ser feliz, é difícil de acreditar.
Quando dei por mim, uma
lágrima escoria pelo meu rosto, ela em uma noite conseguiu me mostrar toda a
sua personalidade, a verdade é que ela havia me encantado apenas com aquela
noite, a verdade é que ela se tornou importante demais pra mim e eu não queria
pensar em mais nada a não ser cuidar dela, estar ao lado dela neste momento
difícil, pra mim ela tornou-se uma grande amiga e por isso eu precisava estar
naquele hospital no primeiro horário de visitas e começar a entender o que está
acontecendo na vida dela.
Fui até a sacada, o
violão me acompanhava, sentei em uma das cadeiras ali presentes e comecei a
dedilhar notas aleatórias no violão, meu olhar era vago e perdido no horizonte,
meus pensamentos só não estavam também perdidos porque era ela que estava
neles, voltei minha atenção para o violão, quando mais uma lágrima escorreu
pelo meu rosto, olhei as horas no celular encima da mesinha na minha frente, já
era tarde e por mais que o sono não estivesse presente em mim eu precisava me
esforçar para que ele se fizesse presente, queria estar bem para olhar nos
olhos dela.
(...)
No outro dia acordei no
horário combinado com o resto da equipe, eram 08:00 horas. Segui para o
banheiro, tomei um banho pra terminar de acordar, acabei minhas higienes e sai
para o quarto com a toalha enrolada na cintura e outra secando os cabelos.
Coloquei uma cueca e
uma calça jeans, sequei os cabelos e deixei uma touca e uma camiseta separadas
e fui arrumar minhas malas. Quando terminei de trazer as coisas que estavam no
banheiro, escutei batidas na porta, fui até ela abrindo e dando de cara com o
Rober.
- E aí Boi? – Perguntou
ao me ver.
- Fala cara, entra aí.
– Dei espaço e ele entrou.
- Tá pronto? –
Perguntou sentando – se na poltrona que havia no quarto.
- Vou só terminar de
guardar isso aqui. – Apontei para os pertences que eu havia trago do banheiro
antes dele chegar.
- Que cara é essa Boi?
– Perguntou me encarando, ele era meu amigo e me conhecia muito bem. Suspirei e
me sentei na cama.
- Sabe a Vitória?
- A Vitória aquela
amiga da Bruna?
- É. – Suspirei.
- O que tem ela?
- Tentou suicídio. –
Falei e vi seus olhos arregalarem.
- Quando isso cara?
- Ontem. A Bruna me
ligou ontem já era tarde e me contou, ela foi levada para o hospital e a Bru
também foi pra lá. Cara eu tô muito preocupado. – Falei me levantado e passando a mão no rosto
- Calma cara! Cê vai no
hospital?
- Vou Boi, claro.
- Que horas se vai?
- Assim que chegar lá.
- Ok eu vou avisar o
motorista da van e o Well. – Ele disse e se levantou.
- Valeu cara. Pedi pra
vim pegar minhas malas, eu já tô pronto daqui a pouco eu desço.
- Tudo bem, te espero
lá embaixo. Vai atender as meninas?
- Vou sim.
- Beleza, vou indo lá.
– Me deu um tapinha nas costas e logo ouvi a porta batendo.
Coloquei a camiseta que
eu havia separado, fui para frente do espelho e arrumei a touca na cabeça,
calcei meu tênis e peguei meu celular colocando no bolço, logo o rapaz do hotel
chegou para pegar minhas malas, ele me pediu uma foto e eu não neguei, tiramos
a foto e ele logo saiu carregando minhas coisas. Conferi o quarto para ver se
não estava esquecendo nada, mandei uma mensagem parra o Testa avisando que
estava descendo. Chegando no hall do hotel fui acompanhado do Well e de outros
dois seguranças, atendi as meninas que estavam ali na frente, entrei na van e
seguimos para o aeroporto, chegaríamos em São Paulo por volta das 11:00 horas e
seguiria para o hospital.
(...)
Como previsto cheguei
no aeroporto de São Paulo 11:00 horas, Rober já tinha avisado o motorista da van que nos levaria para casa
que eu iria para o hospital, o Well me acompanharia para evitar algum eventual
tumulto, mas para falar a verdade eu estava pouco me importando com isso eu
queria mesmo era ver ela.
E como num piscar de
olhos já estávamos fora do aeroporto, ao sair o trânsito estava parado, parecia
que tudo conspirava contra, respirei fundo queria ser o primeiro a visita– lá
neste horário e o mesmo começava em 30 minutos. Respirei fundo novamente e
escorei a cabeça no encosto do banco fechando os olhos, já havia aceitado que
demoraríamos para chegar lá.
A Bruna tinha me
mandado uma mensagem a uns 5 minutos atrás perguntando se eu já tinha chegado e
se eu estava bem, respondi a mesma dizendo que eu tinha chego bem e estava
preso em um maldito trânsito.
Já estava ficando doido
e nada de chegar, só depois de 10 minutos aquilo começou a andar, o motorista
já sabia o endereço, primeira oportunidade saímos daquela avenida movimentada e
seguimos para lá.
O hospital era grande,
um dos maiores de São Paulo. Desci acompanhado do Well enquanto o motorista
seguiria para deixar o resto do pessoal em casa, quando fosse embora chamaria
um táxi.
Entrei na imensa
recepção e segui direto para o balcão de informações. Depois de um breve
diálogo, fui orientado a subir para o terceiro andar que era uma das alas de
internações. Quando as portas do elevador se abriram no andar indicado, havia
uma outra recepção, onde duas recepcionistas se encontravam.
- Boa tarde. – Falei
chegando ao balcão, enquanto o Well se mantia ao meu lado, já era 12:00 horas.
- Boa tarde. –
Respondeu a moça um pouco impressionada com minha presença.
- É... Eu vim visitar
uma paciente que está internada aqui.
- Ah sim... O senhor
pode me dar seus documentos e falar o nome da paciente? – Perguntou simpática.
- Claro. – Falei
tirando meus documentos da carteira e lhe entregando. – A paciente é a Vitória
Fiore. – Disse enquanto ela digitava algo no computador.
- Ok! O senhor, por
favor, cole este adesivo de identificação pessoal na sua blusa. – Falou me
entregando um adesivo que continha meus dados pessoais, o horário de entrada o
hospital e a palavra “VISITANTE”. – Agora o senhor segue reto nesse corredor e
vire a direita, é o quarto 103. – Falou sorrindo.
- Obrigado! – Falei com
meu segurança e ele me esperaria ali mesmo.
Segui no corredor e
parecia que não chegaria o fim. Quando dobrei a direita meu coração ficou
acelerado, naquele corredor om tantos quartos logo encontrei o seu, parei em
frente e respirei fundo batendo na porta e escutando sua voz doce dizendo
“entra!”.
Coloquei a mão na
maçaneta da porta, meu coração antes estava acelerado e agora estava para sair
pela boca. Me concentrei e girei a maçaneta, colocando a cabeça para dentro do
quarto e encontrando aqueles belos olhos claros, porém tristes.
- Oi! Posso mesmo
entrar? – Ela ficou surpresa ao me ver ali.
- Luan!?... Claro
entra. – Disse se arrumando na cama.
- Vim te ver, como você
está? – Disse me aproximando e beijando sua testa.
- Indo... – Suspirou. –
Ainda me sinto muito fraca, sinto ainda muito enjoou por conta dos remédios,
fora todos esses fios aqui. – Disse apontado para o peito, ela tomava soro na
mão direita e havia vários fios no seu peito monitorando seus batimentos
cardíacos.
- Você me deixou muito
preocupado. – Falei acariciando seu rosto. – Porque você fez isso?
- É uma história
complicada Luan. – Ela falou um pouco desconcertada. – Eu só não via amis
sentido nessa vida. – Falou com tristeza.
- Ei... – Falei pegando
seu rosto entre as minhas mãos, fazendo ela me olhar. – Nunca mais fale uma
coisa dessas, me escutou? – Falei encarando seus olhos fundos.
- Tudo bem... – Seus
olhos foram tomados por lágrimas.
- Calma. – Falei lhe
abraçando. – Quer me falar o que aconteceu? – Ela negou. – Tudo bem, vou te
respeitar.
Passei meus olhos pelo
quarto em que ela estava e avistei em uma mesa próxima, uma bandeja devia ser a
que veio seu almoço.
- Já almoçou?
- Não, acabaram de
deixar aí. – Falou tímida. – E não estou com fome. – Fez careta.
- É mais a senhorita
precisa se alimentar. – Fui até a mesa pegando a bandeja colocando em seu colo.
- É sério eu não tô com
fome. – Me olhou suplicando.
- O que eu falei também é sério, você precisa
se alimentar. – Falei abrindo a bandeja. – Vai só um pouquinho!? – Fiz bico e
ela me olhou sorrindo, era o primeiro sorriso que ela dava desde a hora que eu
cheguei.
- Ok, só um pouquinho.
– Falou ainda com seu belo sorriso no rosto.
(...)
Meia hora depois o pouquinho dela virou o almoço
todo, aos poucos ela foi comendo tudo, e se entretendo coma nossa conversa.
- Viu, não foi difícil, já comeu tudo. – Falei
tirando a badeja do seu colo e devolvendo na mesa.
- É não estava tão ruim. – Falou divertida.
Nossos olhos se encontraram e logo as palavras
sumiram, estava me controlando muito pra não tomar sua boca em um beijo
maravilhoso. Fomos interrompidos por alguém batendo na porta, era uma
enfermeira, ela pediu licença e entrou com um copo descartável que continha
alguns comprimidos e outro com água.
- Sério que eu ainda tenho que tomar isso? –
Perguntou olhado para enfermeira eu apenas assentiu. E mesmo de cara feia ela
engoliu todos os comprimidos e em seguida a mulher se retirou lavando a bandeja
do almoço junto.
- Eu não aguento mais esses remédios. – Falou
triste.
- É pro seu bem, daqui a pouco acaba. – Falei
sorrindo.
- Eles me fazem dormir, e deixam muito mole.
- Não fica assim. – Falei trazendo uma cadeira da
mesa para perto da sua cama. – Vamos fazer assim, eu vou cantar pra você, aí
você descansa tranquila. – Ela assentiu realmente os remédios já estavam
fazendo efeito, seus olhos estavam pequenininhos.
Peguei em suas mãos enquanto ela fechava os olhos e
com a voz mais calma possível comecei na
cantar:
“Ela é uma mulher menina
Que precisa urgentemente ser mais forte
Ela quer alguém que leia seu sorriso
Antes de olhar o seu decote
Ela vê suas amigas se entregando
Ao primeiro que aparecer
Numa tentativa boba de se preencher
Garotas querem mais amor de verdade, mais sinceridade
Garotos são todos iguais
Tem necessidade, não passam vontade
Mas "tô" aqui pra provar
Eu não te deixaria por uma aventura à toa
E nem te trocaria por qualquer outra pessoa
Só pra matar a vontade, o crime não compensa
Garotas inocentes não merecem chorar
Por garotos que não tem a verdade no olhar
Escolhi ser diferente, amor, só pra te amar”.
Que precisa urgentemente ser mais forte
Ela quer alguém que leia seu sorriso
Antes de olhar o seu decote
Ela vê suas amigas se entregando
Ao primeiro que aparecer
Numa tentativa boba de se preencher
Garotas querem mais amor de verdade, mais sinceridade
Garotos são todos iguais
Tem necessidade, não passam vontade
Mas "tô" aqui pra provar
Eu não te deixaria por uma aventura à toa
E nem te trocaria por qualquer outra pessoa
Só pra matar a vontade, o crime não compensa
Garotas inocentes não merecem chorar
Por garotos que não tem a verdade no olhar
Escolhi ser diferente, amor, só pra te amar”.
Nem precisei cantar novamente, ela tinha pegado em um sono profundo,
fiquei admirando seu belo rosto, agora calmo e sereno, ela é linda demais.
Olhei as olhas no celular e fazia cerca de uma hora meia que eu estava, mas por
mim ficaria a eternidade. Ainda ao seu lado na cama, mandei uma mensagem para
Alice falando que eu tinha ido ao hospital e perguntando se alguém viria ficar
ela, não demorou e sua resposta chegou, ela agradeceu a mim por ter ido vê – lá
e disse que o irmão já estava a caminha para ficar com ela. Guardei meu celular
no bolso e a olhei novamente, me aproximei e depositei um beijo em sua testa
seguido de um “fica bem minha linda.”, em seguida deixei o quarto e me dirigi a
recepção novamente.
NOTAS:
OI AMORES VOLTEI HAHA, E AGORA DE FÉRIAS!
E PRA COMPENSAR O TEMPO QUE NÃO POSTEI, TA AÍ UM CAPÍTULO GRANDINHO SÓ COM O LUAN NARRANDO, ESPERO QUE GOSTEM E COMENTEM.
NÃO ME ABANDONE E AMO VOCÊS <3
PS: ME PERDOEM SE TIVER ALGUM ERRO DE PORTUGUÊS!