11 de abril de 2016

CAPÍTULO 23 - Sozinhos!

Resolvi mudar o local das notas, como vocês estão? Bom, não vou ficar me desculpando, algumas das minha leitoras sabem que eu iniciei essa fanfic com um certo receio, não de não ser aceita, mas sim porque meu tempo é corrido, a faculdade esse ano me pegou de jeito e eu tô correndo o risco de perder minha vaga por conta de algumas reprovações, a faculdade é pública e impõe alguns "poréns" para os alunos um deles é passar nas matérias de primeira. Então mais do que nunca tive que me dedicar mais aos estudos, abdiquei de várias coisas pra isso acontecer e deixei também muita coisa em segundo plano. O que eu peço a vocês é que me entendam, deixei até os grupos do whatsapp que eu participo um pouco de lado, mas não foi por mal, eu tô tentando ao máximo administrar meu tempo, e reservando um tempinho pra mim também, isso tudo porque eu não quero ficar igual ao ano passado, tive princípio de depressão no final do ano de tanta pressão e carga em cima de mim. Enfim, só quero que saibam que eu não desisti da Fic, ela é meu sonho e eu amo escrever e amo cada uma de vocês, e aí está mais um capítulo.

Boa Leitura!!!



Luan Narrando


Eu não sabia o que pensar, meus pais tinham com certeza uma vida ativa, mas não pensei que chegariam a esse ponto. Mas espera, será que essa criança foi planejada? Não, claro que não, se fosse minha mãe saberia e não enrolaria tanto pra ir ao médico. Seus olhos estavam marejados, acho que foi uma surpresa e tanto, o coração de mãe dela deve estar bem bagunçado, afinal, depois de dois filhos criados ela descobre a chegada de outro. Suponho também que ela devia estar pensando na nossa reação, isso é inegável.

- Mãe... – Bruna se jogou em seus braços emocionada. – Vai dar tudo certo mãe!
- Eu sei meu amor. – Sorriu.

Acho que é da nossa “aceitação” que ela precisava, seus olhos passaram de marejados para inundados, as lágrimas tomaram conta do seu rosto rapidamente e eu não sabia o que pensar. Olhei para meu pai a procura de uma resposta, ele me encarou com os olhos preenchidos pela emoção, poxa apesar de tudo eles estavam felizes. Encarei minha mãe, agora com seus braços livre, e a vi suspirar, não pensei duas vezes e tomado pela mesma emoção me joguei também em seus braços.

Seu alívio veio à tona novamente, seu choro era forte, eu não conseguia lhe dizer uma só palavra e quando dei por mim uma lágrima já escorria pelos meus olhos, ela me abraçava com todas as forças. Levantei levemente minha cabeça de seu ombro e olhei em direção ao meu pai, que agora estava de pé abraçado com minha irmã e chorava também, abracei mais uma vez minha mãe e em seguida encarei seus olhos e sorri pra ela que me acompanhou com o mais belo dos sorrisos, enxuguei seu rosto e dei um beijo em sua bochecha, é ela realmente estava feliz.

- Tá podendo em véio. – Falei zoando meu pai, que neste momento encontrava-se com a cara mais boba do mundo.
- Me respeita rapaz. – Foi a vez dele de falar e todos deram risada inclusive minha mãe.
- A senhora também dona Marizete. Cadê o sossego de vocês? – Perguntei.
- Menino... – Bateu em meus ombros dando risada logo em seguida.
- O importante é que estão todos felizes. – Disse mina irmã se jogando no sofá do outro lado da minha mãe a abraçando, automaticamente me juntei naquele abraço sendo muito bem recebido. Já estava começando a gostar da ideia.




Vitória Narrando


Passei a tarde toda dentro do quarto, minha esperança era conseguir colocar minha cabeça no lugar, mas só fiz chorar. Memórias das coisas que eu havia passado, do quase suicídio e principalmente a cena que eu presenciei quando cheguei. Já se passava das 15:00 horas quando escutei batidas na porta do meu quarto, revirei os olhos ainda abatida, mas respondi um audível “entra”, sem ao menos trocar de lado na cama pra saber quem adentrava o quarto.

- Minha filha? – Era Cida que havia entrado no quarto, respirei aliviada por isso. Me virei na cama a encarando. – Trouxe um lanchinho pra você. – Sorriu colocando a bandeja nos pés da cama.
- Eu não tô com fome Cida. – Falei sentando na cama.
- Mas você tem que comer meu amor. – Sorriu. – Olha tenho certeza que você não vai resistir ao meu pão de queijo em. – Falou divertida.
- Cidinha, porque você é assim em. – Falei esticando o braço e pegando a bandeja.
- Eu só quero você bem.
Acabei me empanturrando daquele pão de queijo maravilhoso acompanhado de um ótimo suco de laranja.
- Meus pais estão aí? – Perguntei.
- Só seu pai, deve estar no escritório. Sua mãe disse que iria ao ateliê, tentar distrair a cabeça.
- Porque isso Cida? – Olhei pra ela com os olhos marejados, ela deixou a bandeja que estava em suas mãos na mesa que existia em meu quarto e se sentou ao meu lado. – Porque comigo?
- Ôh meu bem, isso só o tempo pode te dizer, mas de uma coisa eu tenho certeza, você tem que pensar mais em você, esqueça um pouco seus pais, os problemas deles, eles resolvem, viva sua vida meu amor, curta sua juventude, você tem muito o que viver, não merece se entregar assim, no fundo eles te amam, do jeito deles mais amam. – Levantei a cabeça e sorri pra ela. – E você poderia começar levantando dessa cama, tomando um banho e sair pra dar uma volta.
- Só você mesmo Cidinha.- Disse enchendo ela de beijo.
- Já disse só quero bem querida. – Deu um beijo na testa e saiu me deixando com meus pensamentos.

Ela tem razão eu tenho que viver minha vida, do jeito que eu quero com quem eu quero. Tenho que pensar em mim e parar de me importar com o que os outros pensam, tenho que voltar pro consultório, meus pacientes precisam de mim e eu deles.

Resolvi que iria aceitar a sugestão de Cida, vou tomar eu ar. Liguei para Alice pra saber se ela gostaria de me fazer companhia, como uma boa amiga que é disse que estaria aqui na porta de casa em 20 minutos, iriamos na em alguma sorveteria tranquila de São Paulo.

Fui tomar um banho e confesso, sai de lá com a mente um pouco mais relaxada, já eram 18:15 horas, me arrumei vestindo um vestido fresco com uma rasteirinha e estava pronta. Recebi uma mensagem de Alice dizendo que estava porta de casa, desci encontrando Cida na sala organizando as almofadas, avisei a mesma que iria sair com Alice, mas pedi também que se meus pais perguntassem por mim, era apenas pra dizer que eu saí e pra não se preocuparem.

Entrei no carro de Alice e fomos até uma sorveteria escolhida por ela, colocamos nosso CD favorito e durante o caminho inteiro fomos espantando os males. Entramos no estabelecimento e sentamos em uma mesa mais reservada, fizemos nosso pedido e iniciamos uma conversa inevitável.

- Como está se sentindo amiga?
- Na medida do possível bem.
- Tô te achando com uma carinha bem melhor hoje. – Sorriu pegando em minhas mãos.
- É eu estou me sentindo bem melhor agora. Conversei muito com a Cidinha hoje a tarde, ela me deu vários conselhos e eu resolvi seguir, tá na hora de começa a seguir minha vida, pensar um pouco em mim, fazer aquilo que eu tenho vontade sem me preocupar com a opinião dos meus pais.

- Isso aí amiga, eu te apoio totalmente. – Nossos pedidos chegaram e saboreamos aquela taça de sorvete imensa, bem nossa cara. 






@AlicePVeloso: Sorvetinho com ela @VitoriaLFiore é tão bom tiver bem e sorrindo <3





- Olha só quem tá vindo ali. – Alce apontou já dando um tchauzinho, me virei olhando para trás e dei de cara com eles, Bruna e Luan, estava morrendo de saudades da minha amiga e por incrível que parece estava com saudades dele também. Bruna veio saltitante até nós e ele atrás.
- Que saudades de vocês amores. – Chegou em nossa mesa falando.
- Nós também. – Disse a abraçando.
- Como você está Vi? – Perguntou para mim depois de me abraçar.
- Eu tô bem sim. – Sorri.

Luan esperava atrás da irmã para me cumprimentar.

- Tudo bem? – Perguntei em seu abraço e recebendo um beijo no rosto.
- Tô bem e você parece melhor do que aquele dia.
- É eu estou.

Nos sentamos, e logo o pedido deles chegaram, terminamos o nosso e eles logo depois.

 - Gente tenho uma coisa pra contar? – Disse Bruna.
- Então conte. – Pedi um pouco curiosa.
- Minha mãe está grávida.

Minha boca se abriu, eu realmente estava surpresa, dona Marizete esperando um bebê, deve ter sido uma surpresa e tanto.

- Sério Bru!? – Alice também parecia desacreditada.
- Sim, pensei que o Luan fosse pirar. – Começamos a rir da cara dele.
- Também não foi assim né. – Disse mechando na borda da taça de sorvete.
- Ah ter um irmão mais novo assim não deve ser ruim, pensa uma criança pra alegrar a casa. – Eu disse sincera.
- É eu também penso assim. – Disse Alice.

Nossa conversa fluiu durante mais um tempo, já me sentia estranhamente incomodada com a presença eletrizante de Luan ao meu lado, já estava pronta para chamar a Alice para irmos embora quando a mesma teve uma ideia brilhante, que me fez fuzila – lá com olhar.

- Bru vamos comigo ali no banheiro? – Chamou piscando para ela.
- Vamos. – As duas levantaram e seguiram o caminho do banheiro.

Bom se eu já estava incomodada antes agora então nem se fala. Me mexi na cadeira enquanto um silêncio constrangedor se instalou ali, poucos segundos claro, porque logo depois sua doce voz invadiu meus ouvidos me tirando do meu mundo e acionando cada ponto de tensão do meu corpo.

- Acho que agora é só a gente aqui. – Disse olhando em minha direção.
Encarei seus olhos incapaz de responder, não sabia onde minha voz tinha ido parar.







PS: DESCULPA SE TIVER ALGUM ERRO ORTOGRÁFICO!!!