12 de setembro de 2015

CAPÍTULO 17 – QUAL O SENTIDO DA VIDA?



ATENÇÃO: LEIAM AS NOTAS DO FINAL DO CAPÍTULO




Vitor Narrando


Quando acordei no dia seguinte, minha cabeça explodia, sabia que parte dela era fora proporcionada pela bebida, porém também me lembrava perfeitamente da briga tive com Gustavo, talvez eu realmente tivesse exagerado, mas eu já estava cansado de ver minha irmã ser repreendida pelas pessoas, ela é uma pessoa maravilhosa, sempre na dela, mas poxa ela é um ser humano, uma mulher maior de idade, sempre foi responsável, sabe se virar sozinha, ganha o próprio dinheiro, tem todo o direito de se divertir, agora, do nada chega o infeliz do Gustavo e começa a dizer o que ela pode ou não fazer, e ainda chama isso de amor, dá licença né!

Desci pra almoçar e meus já estavam na mesa, cumprimentei os dois, parecia que a paz havia voltado a reinar nessa casa, mas como tudo que é bom dura pouco, não demorou para minha mãe questionar o porque da  minha irmã não ter descido ainda pra almoçar, olhei pro meu pai e com a maior calma do mundo, respondi a ela que a Vitória havia saído com um amigo despois da balada. Meu pai não questionou, sabia assim com eu que ela era responsável e que havia chego em casa perfeitamente bem, e também concordava que ela devia sim aproveitar sua juventude e não apenas trabalhar.

Naquele instante após informar a mãe sobre minha irmã, senti a mudança instantânea do clima naquela mesa, dona Suzana automaticamente fechou a cara, observador como sempre, meu pai logo percebeu a atitude dela e soltou uma bufada daquelas. Voltamos a comer e menos de 10 minutos depois, minha irmã desceu as escadas, tomada banho e feliz e radiante do que nunca, pude ver a felicidade e o brilho no seu olhar. Porém como sempre minha querida mãezinha tinha que acabar com a felicidade dela, a coitada mal sentou a mesa após cumprimentar todos e os questionamentos já começaram. O brilho que antes havia em seus olhos, foi substituído, por um olhar de mágoa e desprezo, quando minha mãe passou dos limites e a agrediu verbalmente com palavras inescrupulosas, já me coloquei em alerta principalmente porque sabia que Vitória dessa vez não ficaria quieta e também porque meu pai já estava possesso com aquela situação toda.

Quando achei que não poderia piorar, vi minha irmã passar pelo que eu julgo ser a situação mais humilhante que uma MULHER adulta e dona do seu próprio nariz poderia passar, meu mundo desabou quando com a maior frieza, minha mãe deixou a marca da sua mão no rosto dela, coisa que ela nunca tinha feito com a gente era isso, bater! Um sentimento de repulsa tomou conta de mim, abracei minha irmã a consolando, porém não tive tempo nem pra pensar, quando vi passar por mim meu pai, um Ricardo furioso e tomado pela raiva, que em segundos grudou no pescoço da minha mãe a prensando na parede.

- PAI! – Foi como se não tivesse nada mais a sua volta e olhar dele era de revolta e não demorou para que o mesmo enfiasse o dedo na cara de minha mãe e a discussão começasse.
- LAVA ESSA SUA BOCA IMUNDA ANTES DE FALAR QUALQUER COISA DOS MEUS FILHOS! – Sua respiração era descompassada, porém para minha surpresa minha mãe mantinha apesar de tentar tirar suas mãos do pescoço dela, seu olhar frio e calculista.
- Sempre sua menininha né Ricardo! – Ela sorriu. – Já devia esperar por essa reação vinda de sua parte. – Falou com a maior calma, só tive tempo de escutar outro estralo, ele havia batido nela.
- PAI PARA! CHEGA, NÃO PRECISA DE TUDO ISSO! – Estava nervoso com a situação, mais minha irmã estava desesperada, chegava a engasgar de tanto chorar.
- NÃO SE METE VITOR! – Responder sem olhar pra mim. – Nós vamos terminar essa conversa lá em cima. – Não tive tempo de me manifestar, só vi minha mãe sendo arrastada escada à cima pelos cabelos por meu, e gritar pra ele tirar as dela.



Vitória Narrando


Realmente esperava qualquer coisa da minha mãe, mas hoje ela conseguiu extrapolar todos os limites, eu não podia admitir tamanha falta de escrúpulos comigo, eu já me encontrava em um estado de saturação, não estava mais aguentando essa situação toda dentro de casa, achei que as coisas mudariam com a paz que reinava nessa casa até ontem, mas não, tudo virou de cabeça pra baixo.

Estava em um estado de desespero deplorável, nunca gostei de brigas, mas parece que as mesmas sempre me perseguem, não abaixaria a cabeça mais uma vez pra minha mãe, mas apanhar, como se eu fosse uma garotinha de 5 anos de idade, pra mim foi demais, me abalou como nunca, o choro que antes eu tentava engolir, veio com toda a intensidade possível, e só piorou quando vi a reação de meu em relação as atitudes da minha mãe, eu queria sumir, desejei nunca ter nascido, já estava me sufocando com as minha próprias lágrimas, meu coração estava apertado, mas eu sabia que tinha uma das mais importantes da minha vida ao meu lado, e como sempre não me abandonou, meu irmão ficou ao meu lado, tentando fazer com minhas lágrimas sessassem e eu me acalmasse.

Depois de presenciar, sem dúvidas, a pior cena da minha vida, fui conduzida as pressas pelo meu irmão, para o lado de fora da casa, e nos sentamos na beira da piscina, não trocamos nenhuma palavra, ele apenas me abraçou e esperou as lágrimas irem embora e o desespero aparentemente sumir do meu olhar.

- Eu não goste de te ver assim. – Ele disse olhando nos meus olhos e segurando minhas mãos.
- Eu não aguento mais Vitor! – Disse sem expressão alguma no rosto.
- Vai passar! – Ele abraçou, enquanto algumas lágrimas teimosas insistiam em cair pelo meu rosto.

Ainda podíamos ouvir de um modo mias abafado, os gritos da discussão entre meus pais, aquilo fazia meu coração sangrar, nunca quis ser o desgosto de ninguém, nunca quis competir a amor dos meus pais com meu irmão, isso jamais. Certo de que eu conseguia escutar os gritos dessa discussão, Vitor arrumou um jeito de tentar me animar.

- Põe os pés na água vai maninha. – Falou ele já empurrando minhas pernas em direção a piscina e eu sorri.
- Pra que Vitor? – Perguntei desconfiada.
- Quer bater uma foto uai! – Sorri mais uma vez.
- É esse o sorri que eu quero ver sempre no seu rosto. – Ele sorriu e automaticamente o mesmo aconteceu comigo. Coloquei os pés pra dentro da água e ele posicionou o celular, batendo a foto, apenas das nossas pernas.

- Vou postar ela. – Apenas assenti enquanto ele mexia no aparelho.




@VitorFL: 

@Vitoria LFiore Melhor irmã não tem, ver um sorriso no seu lindo rosto de boneca, não tem preço. Quero te ver todos os dias maninha, assim sorrindo e com esse brilho maravilhoso no seu olhar <3”.


Sorri ao ver sua legenda, sabia do amor enorme que meu irmão sentia por mim, porque eu também o amava incondicionalmente, mas naquele momento eu estava sofrendo demais, e eu queria apenas o sossego e a solidão do meu quarto.

- Vi, eu vou pro meu quarto. – Disse tirando os pés de dentro da água.
- Eu não queria te deixar sozinha. – Ele me olho solidário, se levantando também.
- Eu vou ficar bem, eu prometo, só preciso ficar um poucochinho sozinha, pra pensar um pouco.
- Tudo bem. – Beijou minha testa. – Fica bem, descansa e mais tarde eu te chamo.

Assenti e segui em direção ao meu quarto, os barulhos havia sessado, mas meu coração continuava atormentado, mal dei as costas pro meu irmão e as lágrimas já começaram a cair. Adentrei meu quarto e olhar o local mais sozinho possível, meu coração apertou, talvez eu fosse como meu quarto uma pessoa sozinha, lágrimas que já caiam enquanto eu subia as escadas agora inundava meus olhos e escorriam pelo meu rosto como uma cachoeira, já estava ofegante, eu não via sentido para tanto sofrimento, para tanto desprezo, tomada pelo desespero apanhei o primeiro objeto que vi em minha direção e o arremessei contra um espelho que se encontrava em um das paredes do meu quarto, do outro lado da minha cama, rezando para que ninguém tivesse ouvido e corresse em minha direção.

Naquele momento eu já não via mais sentido em nada, durante a minha infância e boa parte da minha adolescência, eu achava, ou melhor, podia jurar que eu tinha a família perfeita, a melhor mãe, o melhor pai e sem dúvidas o melhor irmão, mas essa mulher que um dia me ensinou a chama-la de mãe, fez dos últimos anos da minha vida inferno, todo o sofrimento que tive até agora, foi por casa dela, estou vento o casamento dos meus pais em ruínas e meu irmão totalmente dividido, as lágrimas escorriam e eu estava com a visão embaçada. Por qual sentido Deus me deu a vida, se o que existe nela é sofrimento? Qual é o sentido de viver? Eu já não sabia responder as perguntas que minha própria mente criava, não conseguia mais pensar, minha cabeça explodia, me joguei no chão abraçando minhas pernas enquanto mais lágrimas caíam, soltei um grito abafado pelo tapete do quarto como forma de desabafo.

Fiquei ali por horas, não sabia exatamente quanto tempo havia ficado ali, mas era tempo demais, tanto tempo que o sol já estava colocando fim em mais um dia e se dando o direito de ir descansar, e era exatamente isso que eu precisava, precisava descansar, precisava acabar com meu sofrimento, ainda muito abalada, com a cabeça a mil e com muito esforço, me levantei a passos largos, como se fosse uma viciada que precisava urgente de algo que lhe traga a paz, e segui em direção ao meu closet, precisa por um fim nesse sofrimento, abri uma gaveta e de lá tirei todas as minhas caixas de remédios, não consegui raciocinar, só queria ter paz, descansar. Com uma rapidez inacreditável, tirei todos os comprimidos de suas devidas cartelas, não me preocupei em saber qual era, se havia algum mais forte, mais potente, tratei logo de joga-los na boca e pra ajudar a descer, menos consciente ainda do que fazia, abri um vidro de um dos meus perfumes, justo aquele que “ela” havia me dado, e lancei o conteúdo do frasco garganta a baixo junto com aqueles milhares de comprimidos, a garganta ardia, queimava, assim como o estômago.
Desci junto as prateleiras presente naquele imenso ambiente segurando aquele frasco de perfume que inebriava aquele espaço com o seu cheiro doce, e me sentei no chão com as pernas esticadas, joguei minha cabeça pra trás e as lágrimas caíram, mas dessa vez eu não fiz esforço para segura-las, eu sabia que depois da tempestade vinha a calmaria, e tinha certeza que quando o dia raiasse do outro lado das minhas janelas, eu estaria bem melhor que hoje, bem melhor que muitos anos da minha vida, sabia que quando o sol voltasse do seu descanso, eu estarei apreciando o meu, sem nada perturbador, sem nenhuma preocupação, sem nenhuma humilhação, apenas com um belo sorriso no rosto.  










NOTAS: 

OI VOLTEI HAHAHAHAHAHA...

GENTE, EU ACHO QUE TE ALGUÉM DOIDA AÍ, COMO A VI PODE FAZER UM NEGÓCIO DESSES???

COMENTEM A OPINIÃO DE VOCÊS PORQUE O CAPÍTULO DE HOJE TÁ BOMBANDO HAHAHAHA

PS: QUERIA FAZER UM GRUPO DA FANFIC NO FACE E NO WHATS, QUERIA A OPINIÃO DE VOCÊS OQUE ACHAM???? QUEM QUISER PARTICIPAR DEIXA O NUMERO DO CEL AÍ NOS COMENTÁRIOS, O GRUPO DO FACE ME AVISA QUEM QUER PARTICIPAR, AÍ EU VOU CRIAR E DEPOIS COLOCO O LINK PRA VCS NO PRÓXIMO CAPITULO, OU DEIXEM O NOME DO PERFIL QUE EU TENTO ACHAR VCS.

INDICAÇÕES: 





BEIJO AMORES E ESPERO QUE VOCÊS GOSTEM, COMENTEM MUITO, DESCULPE  OS ERROS DE PORTUGUÊS ( SE HOUVER) E EU VOLTO, AMO VCS <3